Quem é carioca e sobreviveu ao dilúvio da última semana sabe da importância social e econômica do túnel Rebouças. Ligando a Tijuca à Lagoa ele é um atalho para suburbanos, como eu, que querem um pouco de diversão e cultura. Cultura sim, pois parece que o Rio de Janeiro turístico e cultural só vai do Maracanã ao Leblon. Chico Buarque na música “Subúrbio” do álbum “Carioca” retrata bem o apartheid social que vivemos. Isso não é novidade.
Recentemente, com os acontecimentos do último dia 24/10/2007, circula pela internet essa imagem.
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O que para olhos estrangeiros se pode ser uma inocente brincadeira, pra nós, suburbanos, revela o sentimento antigo dos favorecidos economicamente, em transformar a zona nobre da cidade em um condomínio particular. É certo tomar pra si e privar o cidadão humilde de belezas naturais? É certo em apenas um bairro da zona nobre da cidade ter quatro teatros em um único shopping enquanto toda zona norte tem apenas 1?

21.11.2007 14:58
Pera lá… está havendo uma certa confusão com o fecha-não fecha.
O fechamento se aplica a descida para o Cosme Velho (aquela descidinha à direita e outra na esquerda) e não o fechamento do túnel sentido zona norte/ zona sul… como aparece na foto.
E o fechamento dessas alças de subida e descida só prejudica quem vem da zona sul pra laranjeiras e de laranjeiras para a zona sul, ou seja, não existe esse preconceito que estão querendo inventar. Quem mora na zona norte e quer vir para laranjeiras tem a opção do túnel Sta. Barbara.
Se pararmos para observar os patrocinadores e divulgadores dessa informação manipulada, são empresas de alto padrão cujo público alvo tb não é o subúrbio, tal como supermercado Zona Sul (ou seja, na zona norte não tem), porcão rios, onde o rodízio custa 50 reais, bodytech, onde a mensalidade custa 200 reais, H.Stern, que tem uma loja faraonica em ipanema e nehuma na zona norte. Bibi Sucos, onde um simples suco de laranja custa 10 reais.
Por acaso essas empresas estão preocupadas com a zona norte?
Temos que refletir mais sobre as informações que nos são passadas…
É isso, Sharuto. Me senti no dever de escrever sobre o assunto como moradora do bairro, independente de qual zona da cidade ele fica.
bjs, Lisane.